VOTE NO "CÃO DIDATA"

Esta crônica foi escrita em 1994, na época das eleições. Como não tive oportunidade antes e, considerando que o seu teor continua atualizado, publico agora no blog.

Boa leitura!




Uma das experiências mais interessantres que tenho tido nos últimos anos é a criação desse excepcional animal doméstico: o cão.

Tendo o seu nome utilizado algumas vezes, injustamente, é claro, para denegrir a imagem de alguma pessoa "non grata", esse animal, o cachorro, vem ganhando o meu respeito.

Hulk, um cão boxer, nasceu em Aracaju, Sergipe. Aos três meses de idade, fez a sua primeira viagem aérea (digo primeira, porque todo político costuma fazer inúmeras delas). Pouco preocupado com os familiares que deixou no nordeste, logo acostumou-se às regalias do Planalto. Certo dia, procuramos Hulk por toda a casa. Parecia que havia sumido. Qual não foi a nossa surpresa, quando, surpreendido pela inquietação de toda a família ao seu encalço, Hulk esticou o pescoço, colocando a cabeça  para fora... da rede onde estava descansando!

Chamo-o de "Cão didata" porque procura estar sempre bem informado: ao chegarem os jornais e revistas, se o entregador, descuidado, joga-os na garagem, Hulk não perde tempo em "traçar" todos eles. Sua preferência é a Folha de São Paulo, edição de domingo (talvez pelo caderno de empregos, não sei), mas gosta de "traçar" também a ISTO É e, até mesmo a MARIE CLAIRE, é alvo de seu interesse.

São muitas as características que evidenciam a sua aptidão para a política, mas o meu "cão didata", Hulk, possui uma qualidade que eu gostaria de constatar no futuro Presidente da República. Com essa virtude será mais fácil perdoá-lo dos erros que, certamente, irá cometer pela falta de experiência.

Essa qualidade que eu tanto admiro no meu "Cão Didata", anda rara no meio político: A FIDELIDADE!

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