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Mostrando postagens de setembro, 2009

RESPOSTA A ANA, UMA MOÇA TRISTE

Não sei que Ana é essa...conheço muitas Anas, mas essa me chamou a atenção... ela deixou um comentário no blog, devido à crônica "Existem pessoas que amam demais?" . A Ana deixou esse recado... OLÁ ME CHAMO ANA UMA MOÇA QUE SOFRO MUITO POR AMAR DEMAIS E ESTOU PRECISANDO MUITO DE AJUDA NÃO AGUENTO MAIS CHORAR,ME AJUDE POR FAVOR PRECISO DE UMA PALAVRA AMIGA.... Não, Ana, você não ama demais. Amor nunca é demais... Falta de amor existe, sim, mas amor de sobra não... Porque amor nunca sobra. Amor, nunca, é demais... O que sobra, o que é demais, são as complementações não saudáveis que fazemos. É quando fazemos pelo outro o que ele mesmo deveria fazer por si mesmo. Isso não é amor, pois tiramos do outro a oportunidade de crescer. Outra situação, e essa é mais comum, é gostar de quem não gosta da gente. Ninguém escolhe de quem gostar. O que nos faz gostar são fatores na maioria das vezes inconscientes. Pode ser identificação, ou seja, gostar das mesmas coisas, ter os mes

SE OUTROS PODEM, PORQUE EU NÃO POSSO TAMBÉM?

Ontem, enquanto fazia mil coisas, eu ouvia um documentário sobre Clarice Lispector que passava na TV. Uma frase, dita por ela numa entrevista que está arquivada no Museu da Imagem e do Som, chamou minha atenção. Ela falava que, quando criança, adorava ler. Ficava encantada com os livros e achava - mais ou menos isso o que ela dizia... - que os livros brotavam do nada... Até que um dia ela descobriu que, por trás das linhas escritas, havia uma pessoa, o autor. Então, ela pensou, se alguém pode, eu também posso! E foi assim, na visão da própria Clarice, que nasceu a escritora. Acordei hoje pensando nessas palavras. "se o outro pode, eu também posso!” Se o outro consegue, porque eu não conseguiria também? É claro que, como estreante nesse papel de escritora, identifiquei-me com esse depoimento e guardei essas palavras em minha mente e em meu coração. Vou guardá-las para sempre, num lugar bem seguro, para não correr o risco de perdê-las. Ao mesmo tempo, quero compartilhá-las

DE CORAÇÃO PARA CORAÇÃO!

Já li tanto livro bom!!!!! Se eu não soubesse que aprendi a ler aos seis anos, diria que já nasci sabendo ler... Desde que me entendo por gente gosto de livros! Alguns eu comprava e não lia até o fim, mas guardava sabendo tudo o que tinha lá. Comecei cedo - quem leu o "Bola" já sabe essa história... Aos três anos, meu encanto era o volume 3 (3 anos, volume 3) da coleção vermelha do Mundo da Criança. Acredita que eu achei e comprei essa coleção? Está lá, na estante da sala, para quem me visitar ter o prazer de também relembrar aquelas páginas coloridas que nos levavam ao país de sonhos e fantasias. Depois vieram Monteiro Lobato, Machado de Assis... eram as coleções que tinha lá em casa, a casa da minha infância.  Aos 17 anos comecei a ler Freud. Não sei por que meu pai tinha essa coleção, já que não era psicólogo, muito menos psicanalista. Acho que ele já sabia que duas de suas filhas seguiriam esse caminho... Desde criança também aprendi a gostar de ler a Bíblia, cu

AMOR CLANDESTINO

Amor clandestino é amor que nasce das estranhas e invade o coração. É amor que chega com fogo, que ignora as barreiras, que invade a alma e transforma os preconceitos. É amor que chega na surdina e acontece nas alcovas. Que nada pede e nada oferece, a não ser a vivência plena desse amor. É amor que não tem regras impostas, mas que possui suas próprias regras, que emergem das circunstâncias em que acontece. É amor clandestino mas não é amor bandido! Nem todo bandido é clandestino e nem todo clandestino é bandido... Há clandestinidade em atos nobres incompreendidos ou reprimidos. Há clandestinidade no ocultamento da verdade que fere. Há clandestinidade no amor que precisa ser vivido, sem querer magoar a quem também se ama. O amor clandestino não é ilegal. O amor clandestino não é imoral. Imoral é viver a legalidade com desamor. É ferir com palavras e com silêncio. É impedir o outro de viver e de ser feliz! Imoral é exigir preceitos sem sentimento! Imoral é a falta de a

O Caminho das Indias e do Insconsciente Coletivo

E a novela terminou! Teve até gente que não foi ao lançamento do "Bola", no Rio, por causa do último capítulo da novela.. Tudo bem! Não ouso concorrer com a Glória Perez! Que, aliás, nos brindou com uma linda viagem pelas Índias... Uma viagem pelas paisagens cativantes, que nos fez - até eu que não andava mais ligada em novelas... - parar na frente da Globo para assistir ao desenrolar da trama. A trama que trouxe à luz os preconceitos da sociedade em relação aos transtornos mentais, mostrando a realidade, diferenciando psicose de psicopatia. Mas o tema central da novela foi resumido pelo personagem Chankar, representado por Lima Duarte: "O bem e o mal têm que estar sempre juntos para que o homem possa escolher. E o campo de batalha é a mente humana". A novela retratou o bem e o mal, tanto no oriente, como no ocidente. Falou do preconceito, tanto no oriente, como no ocidente. Porque o bem e o mal não estão só no Brasil, nem só na Índia. Nem só em governante

CARTA A UM VIZINHO

Prezado vizinho, Desculpe a indiscrição de publicar essa carta, mas acho que tenho esse direito… afinal, é por sua causa que eu estou acordada, em plena madrugada. Não deu para escutar tudo o que sua mulher gritava para você, mas deu bem para perceber que era voz de mulher... você nem conseguia falar... ela estava mesmo muito brava! Curiosa que sou, fiquei com vontade de saber o motivo da briga. Confesso que fiquei prestando atenção para descobrir... Mais uma vez, desculpe a indiscrição, mas foram vocês que provocaram... eu estava lá, quieta no meu apartamento, tentando dormir... E deu para perceber uma frase, a frase fatal: “SE VOCÊ FIZER ISSO DE NOVO, ....(não vou dizer o seu nome, que também deu para ouvir...) EU LARGO TUDO!” Larga o quê? O casamento? Larga você? Larga os filhos????? Poxa, vizinho! O que será que você fez de tão grave? Bom, a essa hora da madrugada com certeza a briga não começou do nada. Ninguém acorda de madrugada e cutuca o outro para brigar... Ce

DEITADO EM BERÇO EXPLÊNDIDO, ÀS MARGENS DO IPIRANGA...

Neste 7 de setembro, abri o Twitter e estava lá a dica da jornalista Roseann Kennedy de um vídeo imperdível no Youtube: a cantora Vanusa cantando o Hino Nacional em tom dopado e totalmente “criativo”. Achei interessante, por ser hoje 7 de setembro, “Dia da Pátria”. Dia de desfile da Independência! Minhas lembranças percorreram a minha infância, quando eu ia com alegria ao Eixão (o Rodoviário, naquela época) assistir às comemorações do 7 de setembro. Lembrei de Dona Alita, diretora da Escola Classe 114 sul, que nos fazia cantar, sozinhos e em posição de sentido, diante de seus olhos e ouvidos atentos, o Hino Nacional, inteirinho e sem nenhum erro. Pelo visto, a Vanusa não estudou na 114... O fato é engraçado, mas fiquei pensando em seu significado: não sabemos mais cantar o Hino Nacional! Antigamente se cantava com orgulho! Na época da Ditadura, todos nós cantávamos o Hino Nacional com emoção e com o mesmo sentimento: o de defender a Pátria. Não importava em que lado você estava

SOCORRO!

Socorro é nome de gente! É nome de mulher. Geralmente é Maria do Socorro, em homenagem à Santa Mulher! Não sei como se sentem essas mulheres que se chamam Socorro... o que sei é que esse nome pode dar margem à brincadeiras e confusões. Como essa, verdadeira, que vou relatar! A pessoa, vítima de um golpe de estelionato, havia feito uma transferência bancária. Quando deu por si, o expediente bancário já havia sido encerrado. Tentou em vão entrar em contato com a agência que, após o expediente externo, não atendia ao telefone. Desesperada, diante do prejuízo que a mãe tivera, sua filha passa um fax para a agência, na esperança de que alguém, algum funcionário, ou o vigilante, quem quer que fosse, atendesse ao seu pedido para encontrar, quem sabe, uma solução. E foi assim que ela enviou o fax, ás pressas, escrito à mão: “SOCORRO! Minha mãe foi vítima de um golpe... precisamos bloquear um doc... “ Esse, pelo que sei, foi o início do tal fax emitido, que não teve, no mesmo dia

MADRUGADA

Na madrugada insone, no silêncio quebrado pelo “tic-tic” do relógio moderno, surge a inspiração para o texto. Surge a inspiração da escrita, da crônica e da poesia. É no silêncio da madrugada, sem conversas, nem telefone, sem chamadas e interrupções, onde o único som a quebrar o silêncio é o ronco do estômago a reclamar... É nesse silêncio da madrugada insone, onde se ouvem os gemidos do amor vizinho, a descarga do apartamento de cima, o chiado do notebook, o ruído do silêncio... É nesse silêncio que medito sobre o que se ouve no silêncio! No silêncio se ouve a própria voz. A voz da consciência, a voz interior, a voz do coração... É no silêncio da madrugada insone, quando se tem a coragem de ouvir o silêncio sem a tentação de, ao toque do controle remoto, deixar as imagens e os sons televisivos invadirem nosso lar... É nesse silêncio que se medita sobre a vida. É nesse silêncio que se pode lembrar os momentos felizes. É nesse silêncio que se pode sonhar, planejar, criar! É no silêncio

SETEMBRO

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Setembro é o mês da primavera! É o mês do florescer! É o mês da flores, das cores, da alegria e do renascer! É na primavera do hemisfério norte que surge a Páscoa, com o coelhinho saindo da toca, simbolizando o Cristo que renasceu. Aqui no Brasil, sem Páscoa, nem coelhinhos, temos o sete de setembro. Mês da Pátria, quando em Brasília os meios-fios são caiados para, com o enverdecer dos gramados pelas primeiras chuvas, contrastar com os canteiros floridos emoldurados pela grama vicejante. É em setembro que aproveito para, após lançado o primeiro livro, voltar a escrever mais e mais. O blog agora tem nova cara, novas cores... Tem até plano editorial, mesmo que leigo. Crônicas curtas e rápidas, mais constantes. Twitter para quem quiser receber mensagem no celular... Sejam bem-vindos os prenúncios da primavera! Sejam bem-vindos os leitores que aqui chegam para ver a casa nova, para visitar-me outra vez!