CARREGANDO, JUNTOS, A MESMA SACOLA...

A Fernanda escreveu:

“fiquei muito feliz em saber que pessoas se encontram, se apaixonam e se amam, cada qual com o peso da sua mochila”

Essa frase merece uma crônica:

Será mesmo que não devemos carregar a mochila do outro? Ou seja: será que, numa relação amorosa, de companheirismo, não devemos carregar uns as cargas dos outros?

Em alguns momentos, penso que precisamos, sim, carregar a mochila do outro. Imagine que ele tenha se machucado... ou, por qualquer motivo, tenha ficado sobrecarregado. Doença, necessidade de cuidar dos pais, necessidade de cuidar de um filho que não seja do casal, problemas no trabalho, desemprego etc.

Isso acontece com qualquer pessoa. Quando duas pessoas resolvem caminhar juntas, trazendo suas mochilas de relacionamentos anteriores, seria utopia pensar que não haveria momentos em que a mochila de um ou de outro pesasse um pouco mais.

Se existe amor de verdade, o natural é que se ajude o outro a carregar sua mochila. Aliás, no meu entendimento, esse seria o principal objetivo de caminhar juntos: um ajudar o outro. Se um cair, o outro ajuda a levantar.

Quando a bagagem foi criada em conjunto, como nos primeiros casamentos, o peso precisa ser mesmo compartilhado, e de forma igualitária. Não há espaço para achar que, porque um ganha mais do que outro, não tem responsabilidade de colaborar nos cuidados dos filhos pequenos, por exemplo. Há homens que acham que, por ganharem mais do que a mulher, não precisam cuidar dos filhos.

Pior ainda, quando a mulher não pode trabalhar fora, porque a carga com os filhos é muito grande, ou porque o casal optou que seria a melhor forma de cuidar dos filhos pequenos. Atenção de pai é insubstituível!

Lembro que, no tempo em que não existia supermercado, levávamos para o mercado ou a feira uma grande sacola de lona, onde colocávamos todas as compras. Era pesada para carregar por uma única pessoa. O ideal era cada um pegar numa alça...

Talvez seja uma forma interessante de conviver a dois: ambos carregarem juntos a carga que, independentemente de sua origem, passa a ser dos dois!

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