O MELHOR PRESENTE DE NATAL

Mais uma vez, chegou o Natal!

O Natal tão comemorado pelas crianças! O Natal tão comemorado nas famílias e nas igrejas!

Mas quem mais comemora atualmente o Natal é o comércio!

Natal é tempo de festa, de alegria!

Mas também é tempo de luto e de tristeza...

O que para muitos é alegria, é reunião de família, é troca de presentes, para muitos outros também é motivo de tristeza, é motivo para entrar em contato mais profundo com a amarga solidão.

É tempo de lembrar as pessoas queridas que se foram. È tempo dos casais separados disputarem a presença dos filhos em suas comemorações. É tempo de casais discutirem sobre a agenda das festas. A agenda vai virando um eterno motivo de conflitos.

Os casais “têm que” dar atenção para a família de ambos. E aí família não significa a família nuclear (pai, mãe e irmãos) de cada um dos cônjuges. Família de Natal é a grande família: inclui avós, tios e primos de ambos. A agenda fica cheia.

Pior ainda quando o casal se separa, pois os filhos são solicitados, obrigados, chantageados, para cumprirem a agenda de Natal. As crianças exercem papel especial nessa disputa. Natal sem criança não tem graça! “O bom do Natal” é ver aquela bagunça de presentes abertos, brinquedos que os adultos gostariam de ter ou de ter tido. Quem já não presenciou a cena de pais disputando o privilégio de brincar com os brinquedos dos filhos?

Além dos conflitos de agenda das família, há a tristeza de quem não tem família perto, e de quem vive o luto. Vive a tristeza de lembrar que outrora a família se reunia com a presença de alguém que já se foi.

Por tudo isso é que o Natal, tão apregoado como festa pela alegria do Nascimento de Jesus Cristo, pela Encarnação de Deus, acaba sendo motivo de brigas, confusões, disputas, tristezas.

O que deveria unir família, muitas vezes afasta pessoas que gostariam de estar sempre juntas.

A data escolhida para o Natal, ao contrário do que muitos pensam, nada tem a ver com a data de Nascimento de Jesus. Antes já existia uma festa pagã nessa época. “Segundo certos eruditos, o dia 25 de dezembro foi adotado para que a data coincidisse com a festividade romana dedicada ao "nascimento do deus sol invencível", que comemorava o solstício do Inverno. No mundo romano, a Saturnália, festividade em honra ao deus Saturno, era comemorada de 17 a 22 de dezembro; era um período de alegria e troca de presentes. O dia 25 de dezembro era tido também como o do nascimento do misterioso deus persa Mitra, o Sol da Virtude. Assim, em vez de proibir as festividades pagãs, a Igreja forneceu-lhes um novo significado, e uma linguagem cristã” (Wikipédia).Para distrair a atenção do povo pagão, e trazê-los para o Cristianismo, a tal festa foi transformada em Natal, nascimento de Cristo. Já que não dava para competir, a Igreja resolveu se aliar. Aproveitar a antiga data e oferecer outro motivo.

O disfarce parece que deu certo... até um certo ponto!

Acontece que o novo argumento, a Encarnação, não dissipou o jeito antigo e pagão de comemorar. Daí é que o nascimento de Cristo, que foi humilde, simples, despojado, passa a ser comemorado com esbanjação, com exageros de presentes e de comida. Com falsas alegrias, com fingimentos de estar feliz.

Minhas reflexões podem parecer pessimistas... e talvez você se pergunte: afinal, porque falar de tristeza nas vésperas do Natal?

Perdoem-me... minha intenção não é essa.

O que desejo é que neste Natal, você possa comemorar, não a origem do Natal, mas origem do novo motivo escolhido para o Natal: O nascimento de alguém que veio trazer uma proposta diferente para nossas vidas.

Que o Natal não seja apenas a lembrança histórica do nascimento de um menino que nasceu em Belém.

Que, quem sabe... você possa começar a ver diferente!

Que o Natal para você não seja ceia, comilança, reuniões, presentes nem gastanças exageradas.

Que neste Natal você possa se propor a ter relacionamentos mais verdadeiros. Que as reuniões gerem intimidade. Que se possa falar a verdade e viver a realidade.

Um festa em que o Amor Verdadeiro seja o melhor presente!

Comentários

  1. Olá, Dulcinéa

    Boa reflexão sobre o Natal. Hoje, por acaso, ouvindo o rádio no carro, o locutor comentando sobre o Natal, disse que as pessoas não devem ficar tristes no Natal, especialmente os cristãos. É que as pessoas esquecem que o nascimento de Cristo é o mais importante, nesta data. Mesmo que a data tenha sido aproveitada pela Igreja, como você tão bem relatou na sua crônica.
    Beijos, Tania

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  2. Parabéns Dulcinéa!
    Sua reflexão sobre o sentido do Natal foi brilhante!
    Edméa

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