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Mostrando postagens de novembro, 2008

“EM TUDO DAI GRAÇAS”

Hoje é Dia de Ação de Graças! Aqui no Brasil quase não se comemora o Dia de Ação de Graças! Seria por que o comércio não tem interesse? Com o Natal é diferente. Quando termina a semana da criança, o comércio já prepara as vitrines para o Natal. Dessa forma ninguém se esquece, pois as crianças já começam a fazer suas listas com tudo aquilo que pensam que precisam. Nos tempos de antigamente, sem querer ser saudosista, tudo era mais simples. Até os presentes que as crianças pediam eram mais baratos. Hoje, com tantas atrações tecnológicas, fica difícil fugir do desejo de ter tudo aquilo que sai de novidade. Mal compramos um celular último tipo e é lançado um novo com mais recursos. São os brinquedos de gente grande: smartphones, notebooks, câmeras digitais, TVs LCD e por aí vai.... As necessidades passam a ser criadas a partir do desejo de obtê-las e não das condições para que elas serviriam. Quando queremos ter aquele "brinquedo novo", nós, adultos, muitas vezes, sem ter consc

NADA ACONTECE POR ACASO...

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A história começou assim: no início deste blog, um dia publiquei uma crônica intitulada "Cada um carregue (somente) sua mochila" . Foi uma crônica que marcou. Muitos leitores comentam até hoje sobre a metáfora. Muita gente passou a ficar mais atenta a seu processo, a não ficar carregando aquilo que não é seu. Ou seja, a não ficar se preocupando com coisas com as quais não precisa se preocupar. Não ir além de seu papel. Quando fazemos mais do que nos cabe nesta vida, acabamos deixando o outro acomodado, tiramos a oportunidade do outro cuidar de suas próprias coisas. Impedimos o outro de crescer. Como eu utilizei o exemplo do Caminho de Santiago, pesquisei na web, encontrei e publiquei uma foto de um rapaz no tal Caminho, com a sua mochila nas costas. Pois bem! Ontem recebi um e-mail que muito me alegrou: o dono da foto, navegando na internet encontrou no meu blog a foto que ele havia tirado quando fez a Caminhada. Ele me escreveu dizendo que ficou contente pela publicação. E e

A PRIMA VERA SE FOI

Outro dia, num desses almoços de família, minha mãe, que já passou dos 80, falou assim, na maior naturalidade, como se estivesse contando que a empregada foi lá na esquina: "a sua prima Vera morreu..." A notícia bateu no meu estômago, quicou, foi até à cabeça, desceu, quicou no joelho e foi se alojar no meu coração. Meu coração não se conteve e pediu ajuda para os meus olhos que começaram a chorar... Minha mãe, então, percebendo o impacto daquela notícia, que ela achava sem importância para mim, comentou: "ah!!! ela tinha a sua idade, né?" Eu ando achando que, para quem já está no início da fila de entrada pro céu, essas notícias sobre morte vão ficando tão freqüentes que, de tão corriqueiras, vão ficando banais... "-Sabe quem morreu? Fulano..." - "Ah é?... de que?".... Bom, dependendo de quem deu a notícia, a explicação é detalhada, contando tim-tim-por-tim-tim desde os primeiros sintomas até a hora em que o coração parou de bater. Há um sentime

FELICIDADE "AO QUADRADO"

Ao receber a notícia, ela chorou! Não era um choro de tristeza! Não era um choro de alegria! O filho anunciara que ia se casar. Para ela, mais do que novidade, era um desejo. Já esperara muito por aquela notícia, mas naquele dia a notícia a surpreendeu. Era um misto de surpresa pois, de tanto esperar, já havia desistido de esperar. Às vezes, quando a espera parece longa, é melhor parar de esperar. É melhor desistir daquilo que se espera. É melhor deixar o destino decidir. O seu filho iria se casar! O filho adulto já saíra de casa há muitos anos... não era a separação o motivo do choro. Muitas mães, e não são poucas, ressentem-se ao se casarem os filhos homens. Esquecem-se que o cordão já se rompeu no parto e que há muito o leite secou. Daí, talvez, a folclórica implicância de sogras e noras, pela disputa do filho/homem. O filho, quando já é homem, precisa deixar o seio materno para se entregar ao seio da mulher amada. Não o seio do alimento, mas também o seio do prazer. O choro daquela