VOCÊ GOSTA DE AMORA?
Foi só na segunda volta na superquadra, em minha caminhada matinal, que percebi o pé de amora carregadinho de amoras bem pretinhas, no ponto de serem saboreadas.
Esqueci por um momento mágico todas as recomendações de médicos e educadores físicos e parei ali, prostrada diante daquele altar natural. A contemplação da natureza e de suas maravilhas nos faz estar mais perto de Deus e de nós mesmos.
No instante seguinte me vi colhendo e saboreando os pequenos frutos adocicados. Os frutos vermelhos, ainda ácidos para o meu paladar, eram visíveis, fáceis de serem encontrados. Mas para achar os frutos mais saborosos, era preciso atenção, pois confundiam-se com os galhos e se posicionavam estrategicamente nos lugares de mais difícil acesso, como que se protegendo das investidas de caminhantes ávidos como eu.
Mas eu insistia e, perseverante, os encontrava para o meu deleite. Quando em determinada posição não conseguia mais achá-los, bastava uma pequena mudança de ângulo e lá estavam eles à minha espera, como que, apesar da tentativa de se esconderem, contentes por premiarem o meu esforço e insistência em encontrá-los.
Era como se as pequenas amoras brincassem de esconder mas, ansiosas, estivessem à espera de que eu as encontrasse. Era como o jogo do amor, que se faz que não quer, quando se quer.
Aquele ciclo de busca, encontro e deleite me envolveu a ponto de, esquecendo a minha idade, esquecendo de quem passava por ali, subir nos galhos para assim, mais de perto, envolvida e abraçada pela árvore, provar o seu doce fruto.
Entendi então, naquele momento mágico de doce deleite, a antiga brincadeira da minha infância: "Você gosta de amora? Vou falar para o seu pai que você namora...."
Esqueci por um momento mágico todas as recomendações de médicos e educadores físicos e parei ali, prostrada diante daquele altar natural. A contemplação da natureza e de suas maravilhas nos faz estar mais perto de Deus e de nós mesmos.
No instante seguinte me vi colhendo e saboreando os pequenos frutos adocicados. Os frutos vermelhos, ainda ácidos para o meu paladar, eram visíveis, fáceis de serem encontrados. Mas para achar os frutos mais saborosos, era preciso atenção, pois confundiam-se com os galhos e se posicionavam estrategicamente nos lugares de mais difícil acesso, como que se protegendo das investidas de caminhantes ávidos como eu.
Mas eu insistia e, perseverante, os encontrava para o meu deleite. Quando em determinada posição não conseguia mais achá-los, bastava uma pequena mudança de ângulo e lá estavam eles à minha espera, como que, apesar da tentativa de se esconderem, contentes por premiarem o meu esforço e insistência em encontrá-los.
Era como se as pequenas amoras brincassem de esconder mas, ansiosas, estivessem à espera de que eu as encontrasse. Era como o jogo do amor, que se faz que não quer, quando se quer.
Aquele ciclo de busca, encontro e deleite me envolveu a ponto de, esquecendo a minha idade, esquecendo de quem passava por ali, subir nos galhos para assim, mais de perto, envolvida e abraçada pela árvore, provar o seu doce fruto.
Entendi então, naquele momento mágico de doce deleite, a antiga brincadeira da minha infância: "Você gosta de amora? Vou falar para o seu pai que você namora...."
Dulcinea,
ResponderExcluirTá bom. Você me fez lembrar quando morava em Belo Horizonte, lá pelos 4, 5 anos e junto com os primos catávamos as amoras, enchíamos latas e íamos vender na rua em que morávamos. Parecia que nenhuma casa da rua tinha amoras.....Às vezes alguma avó ficava com pena e comprava, usávamos o dinheiro para comprar picolé na padaria da
esquina. Quantas amoras sobravam? Muitas, mas muitas mesmo.Aí... sentávamos no meio-fio e comíamos até ficar enjoados, se é que amora enjoa.Chegávamos em casa com as mãos e a boca roxinhas, roxinhas.
Agora, parece brincadeira, morei numa casa que tem uns 4 pés de amora enormes. De repente, me via disputando com os netos as mais escurinhas, que são as mais doces.
È realmente um deleite.
Beijos, Tania
Dulcineia
ResponderExcluiro comentário anterior saiu anônimo, mas foi ero meu.
Bjs, Tania