JÁ QUE NÃO DÁ PRA BEBER...

E o tema da Lei seca continua...


Na sexta fui à Livraria Cultura para comprar um livro que eu havia encomendado e acabara de chegar. Eu estava tão ansiosa para lê-lo que nem percebi o mal escolhido horário para me aventurar naquela demorada viagem da Asa Sul, onde me encontrava, até o Casa Park.


Como já não bastasse ser tão longe, ir até lá nos obriga a transpor as obras de ampliação da pista que, espero, façam algum efeito. Demoram tanto com as tais obras (acho que para o eleitor perceber melhor o "trabalho" do atual governo) que, me parece, ao serem concluídas, no ritmo do aumento de veículos no DF, corremos o risco de a tal duplicação não fazer nenhum efeito. Brasília já não é como antigamente, quando gastávamos, no máximo, presumíveis 15 a 20 minutos para chegar a qualquer lugar. Faço questão de espalhar essa notícia para todo o Brasil, para que nenhum desavisado resolva sair do Rio ou São Paulo em busca de qualidade de trânsito. Não venham para cá, não, gente... fiquem por aí... aqui já tem gente e carros demais. Isto aqui está ficando que nem aí, e o pior: não tem ônibus nem metrô que funcionem como funcionam por aí... Houve um tempo em que dizíamos que, em Brasília, quem não tinha carro era "aleijado", pois os moradores daqui teriam cabeça, tronco e rodas.


Mas do que eu estava falando mesmo? Ah... era da minha ida à Cultura pra comprar um livro. E aqui cabe mais um parêntese, para dizer que livro é esse: A Oficina do Escritor - sobre ler, escrever e publicar, do escritor Nelson de Oliveira, livro que recomendo para todos os que desejam melhorar sua escrita.


O leitor já deve estar imaginando porque eu fui atrás desse livro. Mas isso não vem ao caso agora. Voltemos à minha inconformidade com a lei seca. Como se não bastasse o trânsito emperrado que eu enfrentara e o frio terrível que estava fazendo (também incomum em Brasília - o que será que está acontecendo?) após a compra do livro, em cuja leitura eu já me deliciava, comecei a sentir fome e frio. Ainda seria impossível voltar para casa... o jeito foi sentar no Marietta pra comer alguma coisa que também me aquecesse. O que mais gosto lá é a pizza. Mas... como comer pizza sem uma taça de vinho????


Pedi um chocolate quente, que fui sorvendo em goles intercalados pela leitura.

O prazer inebriante ficou por conta do livro! Pelo visto, a lei seca, além de prevenir a VIDA, está colaborando também com a LITERATURA e o bem escrever neste país!


Obrigada Nelson, pelas preciosas dicas!

Comentários

  1. Oi, Dulcinea

    Você tem razão, não dá mais para beber. Temos que aproveitar o
    friozinho pra tomar um vinho em casa. Mas como fazer? Às vezes com a
    presença dos amigos é tão melhor.Andei pensando um jeito. Quem sabe a
    partir de agora não seja melhor propor acampamento - dentro de casa, é
    claro - "vamos comer um risoto e saborear um vinho?" "Ah! não esqueçam
    de trazer os colchonetes e as cobertas."
    Muito boa a dica do livro.
    Beijos, Tania

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