QUANDO UM NÃO QUER, DOIS NÃO VIVEM EM PAZ

Quem não gosta de receber jóias de presente? Brincos, pulseiras, correntes, anéis. Sempre de ouro! Amarelo ou branco, não importa! E mais valiosas ainda, com pedras preciosas.

As pedras preciosas desde sempre são valiosas, símbolos de riqueza e perpetuidade. Quem as ganha ou adquire, guarda-as em cofres e em seus corações. Pedras preciosas são cobiçadas e por isso temos que cuidar para não serem roubadas.

Mas tem gente que gosta de guardar outras pedras. As pedras que servem para apedrejar, machucar as pessoas. Tem gente que mantém sempre um estoque delas. Basta alguém contrariá-lo, lá vem pedrada!

A coleção de pedras de machucar geralmente é formada pelas pedras que foram recebidas e por outras que se encontram pelo caminho. Como aqueles que gostam de catar conchinhas na praia, que são leves e servem para enfeitar, tem gente que gosta de sair por aí catando pedras para a ocasião em que precisarem jogar em alguém. Vivem cansados, sobrecarregados de tanto carregarem peso.

Mas tem gente que, mesmo que receba pedras não-preciosas, examina essas pedras, lapida e as transforma em pedras preciosas. São pessoas que têm o dom de ver no outro o que ele tem de bom. São pessoas que conseguem entender que o outro atira pedras porque quer se defender, embora essa não seja a melhor estratégia para sobreviver. São pessoas que aproveitam as pedradas, mesmo que elas sejam dolorosas, para tirar algum aprendizado da situação, crescerem e se transformarem em pessoas melhores.

Mesmo que as pedras recebidas não sejam possíveis de serem lapidadas, quem entende de transformação de pedras não as joga de volta, mas as deposita tranqüilamente no caminho e segue adiante a sua viagem.

Quem entende de pedras sabe também que muitas vezes não adianta enfrentar aqueles que gostam de atirar pedras para machucar.

Nesses casos, é melhor evitar. Não precisa atirar as pedras de volta. Não precisa guardar, mas também não precisa se deixar machucar.

Comentários

  1. Na quarta-feira, DULCINEA CASSIS estará postada no mais importante Portal da América Latina:
    www.mhariolincoln.jor.br

    Atenciosamente,
    Célia Smith

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