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Mostrando postagens de junho, 2008

QUANDO UM NÃO QUER, DOIS NÃO VIVEM EM PAZ

Quem não gosta de receber jóias de presente? Brincos, pulseiras, correntes, anéis. Sempre de ouro! Amarelo ou branco, não importa! E mais valiosas ainda, com pedras preciosas. As pedras preciosas desde sempre são valiosas, símbolos de riqueza e perpetuidade. Quem as ganha ou adquire, guarda-as em cofres e em seus corações. Pedras preciosas são cobiçadas e por isso temos que cuidar para não serem roubadas. Mas tem gente que gosta de guardar outras pedras. As pedras que servem para apedrejar, machucar as pessoas. Tem gente que mantém sempre um estoque delas. Basta alguém contrariá-lo, lá vem pedrada! A coleção de pedras de machucar geralmente é formada pelas pedras que foram recebidas e por outras que se encontram pelo caminho. Como aqueles que gostam de catar conchinhas na praia, que são leves e servem para enfeitar, tem gente que gosta de sair por aí catando pedras para a ocasião em que precisarem jogar em alguém. Vivem cansados, sobrecarregados de tanto carregarem peso. Mas tem gente

RECICLAR É POSSÍVEL!

Tem gente que gosta de guardar coisas antigas... sempre tem um armário, uma caixa, um baú para guardar aquelas coisas que lembram o passado. Que lembram de um tempo que já não é mais... Guarda o sapatinho do filho marmanjo, a chupetinha da filha que é quase avó. Guarda bilhetinhos do primeiro amor, guarda pétalas secas da primeira flor. Tem gente que guarda coisas boas, que lembram os bons momentos. Mas tem gente que gosta de guardar lixo. Coisas que lembram momentos ruins. Esses não se guardam em caixas, nem em baús. Esses se guardam no coração. Mesmo dizendo e repetindo (talvez para se convencer a si mesmo) que não guarda mágoa de ninguém... mas aí, vira e mexe, vem à tona alguma coisa para espinhar aquele que não lhe fez bem. Aí fica guardando tanta coisa... tanto lixo, tanta fruta podre, que acaba contaminando as coisas boas que se guardou também. Que nem laranja podre, que quando está com as outras frutas acaba fazendo todas elas apodrecerem. Tem gente que quer ir para a frente, v

O GRANDE AMOR

Ela estava preocupada com o que as pessoas poderiam estar pensando a seu respeito, mas também não queria deixar de viver tudo aquilo que estava vivendo naquele momento. Tendo ficado viúva, estava se permitindo recomeçar a sua vida. Foram anos de dedicação ao marido e ao casamento. Mas agora ele se foi. Ela transformou a aliança de casamento em um anel que manteve no dedo anular da mão esquerda. O símbolo continuava ali. Não um símbolo de fidelidade eterna, mas um símbolo da possibilidade de renovação e reconstrução de sua vida. Esse fato lembrou-me a cena do filme “Um Lugar na Platéia”. O personagem, cujo nome não lembro, ficara viúvo após um casamento "de uma vida inteira". Durante o casamento, foi construindo, com a esposa, uma preciosa coleção de objetos de arte. Com a morte da esposa, resolveu se desfazer dos objetos preciosos, símbolos de conservação do passado. Era um ritual: ao leiloar os antigos objetos, aos poucos conseguia se desapegar de seu passado. Não o esquecer