SER MULHER

Com alegria ela me contou que a filha ficara “mocinha”.

Fato marcante na vida de uma mulher madura, mãe de filha púbere, é a menarca de sua filha.

É a filha que, em tese, torna-se também mulher. A filha que, deixando as bonecas e os brinquedos, ingressa nesse nosso complicado e maravilhoso mundo feminino.


Mundo de cólicas, TPMs e desconfortos, prenúncios de tudo que vamos passar como mães, mas um mundo maravilhoso e fascinante, que é o de SER MULHER!

Ser mulher é estar sempre apaixonada: pelo primeiro olhar do "menino" que a gente gosta, pelo garoto do primeiro beijo, pelo rapaz dos nossos sonhos, pelo companheiro para toda a vida, pelo pai dos nossos filhos, pelos nossos filhos!


Ser mulher é estar apaixonada pela vida e pela beleza de procriar. Como coadjuvante da Criação, também os nossos filhos criar.

Há aquelas que adotam outros “filhos”: o namorado, as amigas, os sobrinhos, os seus pais, os afilhados, os alunos, os “peludos”, ou até mesmo uma plantinha: mulher que é mulher, sempre gosta de cuidar, de ser um pouco mãe de todo mundo.

Ser mulher é estar sempre ocupada com pequenas coisas e com grandes causas! É esquecer as próprias causas e abraçar as causas de quem amamos. É ocupar-se ao mesmo tempo com o fútil e com o profundo, com o almoço e com o Sagrado. É ser ao mesmo tempo Marta e Maria!

Na maturidade, quando os filhos buscam o seu próprio caminho e, muitas vezes, o companheiro também se vai, continuamos apaixonadas: pelo trabalho, por causas sociais, pelas amigas, pela ginástica, pela possibilidade de um novo amor!

Nós, mulheres, somos assim: sempre apaixonadas – pelo mundo, pelas pessoas, por nós mesmas!

Mas há aquelas mulheres, especiais, que geram os filhos da alma! E estes, mais do que privilegiados, são criaturas especiais, por terem sido escolhidas por mulheres que transcendem o seu amor maternal. São mulheres divinas!


Minha homenagem à... pela sua entrada triunfante e gloriosa neste maravilhoso mundo das mulheres, e à sua querida mãe, minha amiga!


É claro que não vou dizer a quem se destina esta homenagem, cúmplices que somos, nós mulheres, de nossos mais íntimos segredos!

Comentários

  1. Ah, a deliciosa dor de ser mulher!

    O melhor texto é aquele no qual nos enxergamos. Parabéns pelo belíssimo texto, Dulci querida.

    Érica.

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