RÉVEILLON ACOMPANHADA


Este ano eu comecei diferente. Todo ano é a mesma coisa: o Natal é com a família e a passagem de ano pode ser com quem quiser.


Fui para o Rio passar o Natal com a família. Todos ficaram por lá... Eu não! Dá para imaginar alguém que estava hospedado em Copacabana, pertinho da praia, voltar para Brasília antes do Réveillon? Eu fiz isso. Melhor ainda: enquanto todos comemoram, eu estou aqui, escrevendo no meu Blog, pois queria muito contar esta nova experiência.


Daqui do meu apartamento, ainda dá para ouvir a movimentação na Esplanada dos Ministérios. A festa está bonita, muitos fogos, muita alegria. Mas eu fiquei por aqui. Não foi por falta de opção. Alguns amigos me convidaram para sair, mas eu não quis ir.


Fiquei em casa, mas... acompanhada! Ele veio do Rio comigo. Chegou bem de mansinho, quando percebi, ele já me dominava. Com a sua presença, preferi ficar em casa. Até assisti DVDs, coisa que não fazia há muito tempo.


Nada como ter companhia para ficar em casa! Só saí para ir à Igreja, mas ele foi comigo e voltamos logo. E fomos para a cama, naturalmente. Ele fazia meu corpo se aquecer e eu me arrepiava toda, com gemidos sussurrados. Completamente entregue, eu transpirava e delirava, banhada pelos fluidos segregados. Depois de algumas nebulosas inspirações que me provocavam alivio e taquicardia, retomei minhas forças e voltei a respirar normalmente.


Mas agora ele já está indo. Como tudo que é muito intenso, não dá para ser duradouro, muito menos eterno. Voltando à lucidez, percebi que "ele", na realidade, era "ela". Consigo agora sentar para escrever sobre essa experiência inédita para mim: uma forte gripe na passagem de ano!

Comentários

  1. Dulcinea,
    Adorei o texto, de um bom humor maravilhoso! Dá vontade de começar o ano exatamente assim, "sem gripe", mas com alegria.Uma boa mensagem para nos despir das chaturas da vida.
    Beijos e um Feliz Ano Novo!
    Tania

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  2. Parabéns pelo novo Blog: TANGentes. Ficou ótimo!
    E o primeiro texto está simplesmente cativante: convida as gentes pra entrar e saber: o quê? A Dulce? De quem é esse privilégio?
    E então? Já tá boazinha?

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