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Mostrando postagens de dezembro, 2007

Ritos e Mitos – Dando espaço para o NOVO

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A proxima-se o final de mais um ano. É a passagem de um novo tempo. É a época em que as pessoas ao redor do mundo se preparam com seus ritos e seus mitos. Ritos de usar determinados tipos de roupa e participar de festas e cultos. Todos buscam, de alguma forma, exteriorizar o mito de que o ano novo trará realizações a partir do que estiverem fazendo ou do lugar onde estiverem, ou da roupa que vestirem. Desde o tempo em que eu trabalhava em um Banco, tenho um ritual de final de ano. Na época, contaminados pelo clima de “Balanço Geral” da contabilidade, limpávamos as gavetas, resolvendo pendências, jogando fora os papéis de que não precisávamos, e encerrávamos o ano com uma copiosa e tradicional chuva de papéis picados, atirados através das janelas dos altos andares dos edifícios no Setor Bancário. Até hoje gosto desse ritual: limpar as gavetas, jogar fora papéis, doar roupas, calçados e objetos que não uso mais. Com isso, com a casa mais “clean”, abro espaço para coisas novas. Esse é um

VOLTE PARA CASA – Mensagem de Natal

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The return of the prodigal sonc. 1662 (210 Kb); Oil on canvas, 262 x 206 cm; The Hermitage, St. Petersburg Aldo Fagundes Tenho um amigo, homem ilustre, que quando é atingido por algum problema grave, volta para a casa paterna, para ali chorar sua tristeza। A casa onde ele mora é ampla e confortável. A casa paterna é simples, humildemente perdida em uma vila de periferia. Mas é a casa paterna. Lembro-me que eu e meus irmãos muitas vezes nos socorremos do Velho Euclides e da Dona Mocita, vendo neles os sábios, com palavras sempre prontas e soluções para todos os problemas। Sim, dentro de nós é muito forte a voz que ressoa: volte para casa! Os psicólogos entendem e ensinam sobre esse sentimento de aconchego e segurança da casa paterna। Por isso já vi pessoas maduras, talvez 50 ou 60 anos de vida, desesperarem-se com a morte do pai ou da mãe porque, simbolicamente, para eles isto representou a perda da casa paterna। Ficaram órfãos. Não tem mais para onde voltar. A fé cristã tem na casa

MENSAGEM DE NATAL

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Alguns amigos, leitores assíduos do Blog, estranharam meu silêncio. O que estaria acontecendo? Mais do que ninguém, essa era a perguntava que eu me fazia. No último mês estive e ainda estou mais introspectiva, mais reflexiva, um pouco triste, enlutada. Tudo o que eu escrevia achava muito pesado para publicar. Não queria transmitir tristeza para os leitores. Mas não consigo escrever aquilo que não sinto. A última tentativa foi o texto que publico em parte, a seguir. Em parte, porque é um texto inacabado. O final que eu havia escrito não tinha nada a ver com o início do texto. Fiz duas tentativas. A realidade é que eu não sabia como terminar o texto, já que eu mesma não tinha essa resposta। Eu mesma não conseguia elaborar o que ।Ontem pela manhã, recebi o texto "VOLTE PARA CASA", escrito por Aldo Fagundes, homem sábio e temente a Deus। Coincidência, sincronicidade ou ação de Deus... Podem chamar como quiserem, mas o fato é que o texto trouxe-me a resposta para a angústia que e

A coragem de amar em tempos do Cólera

Brasília acolheu, na noite desta sexta-feira, a abertura do IX Festival Internacional de Cinema de Brasília, no Cine Academia de Tênis. O filme exibido foi a versão para o cinema do romance de Gabriel García Márquez, "O Amor nos Tempos do Cólera" , do diretor britânico Michael Newell. No sábado, voltei lá para assistir "A Coragem de Amar" , do diretor francês Claude Lelouch. Saí de ambos os filmes com uma sensação de estranheza. Interessei-me pelo primeiro principalmente porque, confesso, não havia lido o romance de Gabriel Garcia Marques. A sensação de estranheza do primeiro veio por atores latinos falando em inglês. O fato também foi comentado por outras pessoas. Parecia algo irreal, mecânico, artificial. Os personagens pareciam não viver intensamente as falas. O outro filme me atraiu pelo autor, e pelo nome. Gosto de filmes que falem de amor! Saí meio decepcionada. Achei "A coragem de amar" um filme monótono. Um melodrama, onde duas irmãs gêmeas, preoc