O "Fórum Pré-casamento" está esquentando....

Parece que a idéia do "Fórum pré-casamento" agradou. Já temos três comentários bem interessantes. Participe também!
Anônimo disse...

"Idéia interessante!!!
Bom, acho que o contrato deveria começar a estabelecer como deve funcionar as finanças do casal. Quem paga o quê e por quê.
Outra coisa importante: Educação dos filhos! Regras básicas que devem ser acordadas.
Um ponto fundamental: Quem reclama com a empregada! (se tiver a sorte de ter uma)".


30 de outubro de 2007 10h03


Participe opinando sobre esse primeiro comentário. Em sua opinião, é importante definir divisão de responsabilidade financeira? E o gerenciamento da prestação de serviços de terceiros? De quem seria a responsabilidade?

Neca disse...

"No dia do meu casamento, meu pai me chamou, com a Bíblia nas mãos e leu para mim a parábola da pérola de grande preço. É aquela onde Jesus diz que o Reino dos Céus é semelhante a um comerciante de pedras preciosas que encontra uma pérola de grande preço e vende tudo o que tem para comprá-la. Meu pai usou a parábola para dizer que, num casamento, devemos ter sempre em mente nossas prioridades. Lembro até hoje dele falando: "O que é mais importante, a toalha molhada em cima da cama ou viver em paz com o teu marido? Sempre que for possível, escolhe a paz. Poucas coisas valem uma briga, busca a pérola de grande preço e desiste das pedrinhas que, embora tenham valor, valem menos que a pérola".
Em matéria de contrato prévio, acho que realmente é um bom conselho para noivos e noivas, tenho certeza que meu pai e minha mãe viviam assim, os dois em busca da pérola de grande preço, que era viver em paz, apesar das diferenças.
Abraços,"


30 de outubro de 2007 15h11


E sobre a "pérola" de contribuição da Neca? O que você acha? O que estaria por trás das constantes reclamações comuns na vida de um casal?

Anônimo disse...

"Contrato de Ordenação de Bagunça.
Acredito que todos têm necessidade de uma certa bagunça. Coisas certinhas de mais são tensas. Mas como fazer com que a sua bagunça não incomode o outro e vice-versa? Parece impossível! A gente já é criado assim, com a mãe mandando arrumar o quarto, não deixar coisas jogadas na sala etc. No casamento sempre tem reclamações de bagunça: toalha, tampa de vaso, roupa suja fora do cesto etc. Toda casa tem seu jeito e suas regras sobre isso, então podia estar no contrato de casamento também. Mas é preciso refletir sobre os próprios costumes antes de criar regras a partir do padrão. Lá em casa, por exemplo, temos um certo acordo sobre isso. Não gostamos de reprimir nossos instintos de bagunça, mas conseguimos colocar uma certa ordem. A gente chega cansado e não tem a mínima vontade de guardar tudo no lugar bonitinho. A solução foi criar lugares de jogar as coisas. Colocamos um porta-chapéu logo na entrada para pendurar, bolsa, casaco e o que estiver na mão. Foi determinado que não haveria objetos em cima da cômoda pois esse é o lugar de tacar roupas que estamos com preguiça de colocar no armário. A primeira gaveta desta cômoda virou o cesto de roupa suja. Aí fica fácil: se for usar a roupa de novo, é só jogar em cima da cômoda, se não for usar, basta abrir a gaveta antes de jogar. Assim, não reprimimos nosso instinto de jogar as coisas e mantemos a casa em ordem."


30 de outubro de 2007 23h31


De forma criativa e flexível, esse casal resolveu o problema de arrumação da casa! Deixando o padrão de suas famílias de origem, criou o seu próprio jeito de viver em harmonia. Parabéns!

Meus comentários:

O primeiro comentário anônimo retrata a preocupação com três aspectos importantes. O aspecto financeiro reflete a disputa de poder na relação do casal e influencia diretamente a qualidade de vida da família. A administração de prestadores de serviços é outro aspecto que, se não for bem definido e delimitado, também interfere na vida de toda a família. É uma pessoa que está muito próxima (dentro de sua casa), troca afetos com a família, mas possui um vínculo empregatício. Grande desafio! E a questão da educação dos filhos reflete a qualidade do relacionamento do casal, influenciando o comportamento e desenvolvimento da criança em todos os seus aspectos.

Parabéns ao pai da Neca! Não tem sido tão comum o pai aconselhar a filha no dia do casamento. Um exemplo a ser seguido aos pais que ainda tem filhas solteiras (ou que já se casaram, pois sempre é tempo para aconselhar). O exemplo também pode ser estendido às mães para aconselharem seus filhos. É importante essa troca, pois é o olhar masculino para a mulher e o olhar feminino para o homem.

O terceiro comentário também cita a influência da família na formação, mas retrata um repensar do modelo vivido. Nem sempre o modelo dos pais é o ideal para o novo casal. Aprendemos com a experiência do outro, na medida em que temos a liberdade de optar. O conselho é dado, o modelo é apresentado, mas a análise crítica na visão dos filhos é que vai determinar sua opção de seguir ou não o caminho apresentado. Em outras palavras, é necessário ter coerência entre o que se faz e o que se fala.

Já tivemos comentários sobre finanças, educação de filhos, organização da casa, gerenciamento de serviços, harmonia do casal. E a sexualidade? Para estimular a discussão, fica a sugestão sobre o "problema da toalha molhada": deixar a toalha no banheiro... pode ser bastante estimulante... (ou não!). O que você acha?

Compartilhem também suas idéias e experiências!

Comentários

  1. Meu pai, como o da Neca, me deu um conselho sábio na hora de sairmos para a Igreja. "Nunca discuta enquanto estiver com raiva. Espere a raiva passar para conversar, porque muitas vezes dizemos coisas na hora da raiva, coisas que ferem demais, não deveriam ser ditas. As palavras ditas não são retiradas. Permanecem para sempre. Pode haver perdão, mas a lembrança continua." Conselho que sigo até hoje e tem dado muito certo.

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  2. Outro dia ouvi, em um programa de TV, de um casal com problemas com filhos,que não sabiam elogiar os filhos e nem mesmo o outro. A princípio fiquei "chocada", mas depois refleti sobre a situação e cheguei a conclusão que um dos contratos mais difíceis de serem perenes em um casamento é o emocional. Com o decorrer do tempo, com a rotina do dia a dia, nos afastamos de afagos básicas e se não cuidarmos, com o tempo, passamos a crer que não é necessário verbalizar o amor q sentimos com os filhos e com o companheiro...Com os filhos, ainda crianças, é abundante os carinhos físicos e verbais, já na adolescência, por vezes os filhos rejeitam e se não ficamos atentos, passa a fase "rebelde" e o afastamento é quase inevitável. Acho importante praticarmos, diariamente, o "eu te amo", mesmo sendo considerado piegas.

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