"Perdoai-me, assim como EU tenho me perdoado..."

Dulcinea Cassis

De um lado estão aqueles que não reconhecem seus atos contra a sociedade, contra a moral e os bons costumes. De outro estão aqueles que excessivamente assumem sua "culpa", muitas vezes mais um sentimento, ou seja, um falso sentimento de culpa.

São pessoas que não se permitem usufruir conforto, alegrias, relacionamentos gratificantes. Não se permitem parar para descansar, ouvir uma música sem "fazer nada", jogar conversa fora, ir ao cinema, caminhar na praia, catar conchinhas, roubar uma flor, ouvir os pássaros, nadar no rio, banhar na cachoeira. Acordar tarde e não arrumar a cama, andar descalço e de roupa velha, sem ter que dar satisfação pra ninguém....
Não se permitem sentir o corpo, experimentar novas sensações, entregar-se ao prazer sexual.

Lá dentro, escondido em "seu baú" de coisas velhas guardadas ao longo da vida, estão cenas de vida, falas que ecoam nos ouvidos e na alma: "tira a mão daí, menina", "que coisa feia!", "preguiçoso, vai fazer seu dever", "desse jeito você vai ficar doente", "você não merece o que faço por você...", "isso é pecado", "o que os outros vão pensar?", "isso é perda de tempo", "tá muito assanhada", "a culpa foi sua"... e tantas outras.

A criança que existe dentro de você ainda guarda esses mandados, escondidinha, assustada, esperando o furacão passar. Pega ela no colo, abrace-a e vai dizendo carinhosamente o que só VOCÊ sabe o que ela precisa ouvir.

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